GIRO NA DIVERSIDADE – Você já ouviu falar em demissexuais? Essa palavra tem ganhado espaço nas conversas sobre sexualidade, mas ainda causa muitas dúvidas e curiosidade. Na verdade, a demissexualidade está relacionada ao modo como a pessoa sente atração, colocando a conexão emocional à frente do desejo imediato.
Para entender melhor, vale saber o que é alossexual e assexual, dois termos que ajudam a situar a demissexualidade. Pessoas alossexuais sentem atração sexual sem a necessidade de laços emocionais profundos, algo considerado “padrão” pela maioria. Já assexuais não sentem atração sexual ou sentem muito raramente. No meio desse espectro está o demissexual: quem só sente atração sexual após desenvolver uma forte conexão emocional com outra pessoa.
Importante destacar que a demissexualidade não define o gênero ou a orientação sexual da pessoa. Uma pessoa demissexual pode ser heterossexual, homossexual, bissexual, ou qualquer outra orientação. O que muda é a forma como ela vivencia o desejo — não é uma questão do que “gosta na cama”, mas do quando e por quê ela sente vontade de estar com alguém. Isso traz uma nova perspectiva, que muitos demissexuais reconhecem como libertadora, porque explica uma experiência íntima que muitas vezes é invisibilizada.
Para muitos, essa identidade ajuda a compreender melhor suas relações e sentimentos, e a comunicar seus limites e necessidades sem culpa. Em um mundo que valoriza muito o imediatismo e o desejo superficial, a demissexualidade convida a uma reflexão sobre o valor da conexão verdadeira e do afeto. É uma das tantas formas de viver a sexualidade, mostrando que não existe uma regra única para o que sentimos.