O debate sobre as áreas VIP em eventos públicos voltou ao centro das atenções após críticas ao “Todo Mundo no Rio”, promovido pela Prefeitura do Rio de Janeiro. A recente apresentação gratuita da cantora Lady Gaga, marcada para 3 de maio em Copacabana, é um exemplo emblemático dessa discussão. Fãs de todo o Brasil tem se mobilizado intensamente para garantir acesso a esses espaços privilegiados.
Para muitos, a criação desses espaços em apresentações gratuitas tem gerado uma corrida desenfreada por acesso exclusivo, que acaba ofuscando a essência do evento: o encontro democrático entre o artista e o público.
Segundo relatos de fãs, a disputa por um lugar no setor VIP tem provocado ansiedade extrema e frustrações profundas. Em vez de aproveitar o momento, muitos se veem presos em estratégias para conseguir acesso ao espaço reservado, o que transforma o evento em uma competição por status e reconhecimento como “fã de verdade”. Percebo que está todo mundo tão desesperado por VIP que acaba deixando a essência do evento pra trás: do ‘Todo Mundo no Rio’ para um ‘Todo Mundo no VIP’.
E o questionamento chega ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Embora o intuito da área VIP seja, muitas vezes, oferecer segurança e controle de acesso, críticos afirmam que, em eventos públicos, esse tipo de separação acaba promovendo exclusão e elitização. Para os insatisfeitos, o momento de celebrar a cultura e a música deveria ser de todos — sem barreiras físicas ou simbólicas entre quem pode ou não viver essa experiência por completo.