A gestão de turismo engloba um planejamento estratégico contemplando todos os setores que a atividade possa impactar.
Todas as atividades de uma gestão pública devem estar alinhadas para um bem comum.
Somente as atividades básicas essenciais tem vida própria!
As atividades correlacionadas, como o Turismo precisam conversar com todos os setores de um poder público.
Muitas vezes a população cobra uma postura mais acirrada da pasta do turismo, porém não sabem que há algumas amarras que possam surgir, se os demais órgãos não fizerem seu dever de casa.
O Turismo precisa seguir etapas, antes de consolidar um município, estado ou federação.
Por isso muitas vezes acham a atividade morosa, o que não é verdade, pelo contrário, é uma função que demanda de muitos braços antes de se apresentar publicamente.
Primeiro é preciso diagnosticar, inventariar e descobrir os gargalos, potenciais e vocações do referido local.
Com os dados nas mãos, iniciam-se os projetos.
A população deve ser ouvida e participada.
Os órgãos de segurança e ordem pública, saúde, infraestrutura, patrimônio, jurídico, cultura e comunicação são atores fundamentais para o bom desempenho da atividade turística num órgão público.
Existe uma ordem de prioridade que deve ser respeitada, pois pode ser um “tiro no pé”, que muitas vezes causa um estrago tão grande, ás vezes irreversível.
Um exemplo negativo que impacta um município, por exemplo, é a inversão do planejamento, investir em marketing antes de trabalhar a segurança, a estrutura de logística nos serviços de trânsito e hospitalidade.
A cidade ficará lotada, com muitos turistas e “novos moradores” motivados pelo belo marketing, ocasionando assim um “engarrafamento” entre segurança, trânsito, moradores e turistas, resultando num caos urbano.
Com esse novo público, vem junto à marginalidade, milícia e um crescimento desordenado, prejudicando todo o projeto de crescimento e gerando na população local um sentimento de insegurança, que fica atrelado ao Turismo.
Dessa forma o morador começa a entender a atividade turística, como um “incômodo” ao seu local de moradia, e inicia-se assim um sentimento de aversão:
“Lá vem os turistas para tirar a nossa paz”!
Para que isso não aconteça é preciso instalar o MACROTURISMO, que é o olhar do planejamento turístico que perpassa por todas as esferas da administração pública.
Acabou a era de olhar o turismo como lazer e entretenimento somente.
Isso é muito efêmero!
Turismo é uma das atividades econômicas mais importantes dos países desenvolvidos. Nas crises financeiras, é o turismo que muitas vezes salva.
A seriedade com que a atividade deve ser tratada é o caso de sucesso de um município que prima pelo bem estar, saúde, segurança, educação, cultura e apoio institucional, antes da implantação da atividade turística.
O Turismo deve ter no seu morador um parceiro, um olhar de possibilidades de empreendedorismo, de hospitalidade e de crescimento profissional e até mesmo de um fiscalizador para proteger seu patrimônio.
Na próxima matéria vocês conhecerão casos de sucesso e de fracasso relacionados à boa ou má aplicabilidade do MACROTURSMO.
Até lá!
Daniele MazzeoT
urismóloga – MBA Marketing