Em entrevista exclusiva o vereador, Rodrigo da Aposentadoria, fala sobre os trabalhos em Rio das Ostras com o portal Giro Costa do Sol.
Criado em Rio das Ostras, o vereador Rodrigo da Aposentadoria, está na polÃtica desde os seus 15 anos de idade, quando o municÃpio ainda era distrito de Casimiro de Abreu. Na época, mesmo muito jovem, participou das reuniões para emancipar Rio das Ostras, que era o sonho de todos que moravam na localidade.
Neste processo já entendeu que para viver numa cidade melhor, em que todos queiram morar, é preciso enfrentar de frente os problemas, e para poder contribuir com as melhorias, é necessário estar na polÃtica. “E eu penso que as pessoas do bem, e de bem, precisam se colocar à disposição da polÃtica, do cenário público’, enfatizou.
Com este pensamento, em 2008 se candidatou a vereador, não teve êxito nas urnas, mas não desistiu e em, 2016, conseguiu se eleger, e de lá para cá, está em seu terceiro mandato, e nesta última eleição como o vereador mais votado do municÃpio, com 1874 votos, chegando a bater um recorde de votos para vereador.
Giro Costa do Sol: A primeira pergunta, é uma bem simples, porque ‘da aposentadoria’?
Rodrigo da Aposentadoria: Este apelido veio 2008, quando uma senhora que tinha sofrido um derrame, e ela precisava se aposentar e nos pediu orientação. Naquele momento, vimos que precisávamos ajudar ela, principalmente por conta da mobilidade fÃsica dela, que estva bastante limitada. Então acompanhamos ela até uma agência do INSS. E ali fomos por nove vezes, e com muita perseverança fizemos valer o direito dela de se aposentar. Após a conquista, essa senhora, deu o testemunho dela na igreja, sobre as vitórias de vida dela, após o derrame, sendo uma das vitórias a aposentadoria, e nisso citou meu nome. Quando ela saiu do depoimento, uma colega de igreja dela pediu o telefone. E aÃ, esse apelido foi se espalhando entre a população. Eu me especializei no assunto, que não é aposentadoria e sim fazer valer o direito dos cidadãos em relação ao INSS. Tudo é muito burocrático e as pessoas as vezes perdem seus direitos por não conseguirem realizar o trâmite legal. Então posso dizer que a população me deu esse apelido e assim se manteve.
Giro: E seu trabalho virou uma associação é isso?
Rodrigo: Sim, em 2014, fundamos a Associação de Aposentados e Pensionistas de Rio das Ostras, que, embora tenha esse nome, atende não só os moradores da cidade, mas também de toda a região. A associação é sem fins lucrativos, e todas as pessoas que trabalham nela fazem isso de forma voluntária. Os serviços prestados são gratuitos. De maneira geral, a missão da associação é defender e garantir os direitos dos aposentados, além de apoiar aqueles que estão em processo de aposentadoria.
Giro: Agora você é vereador eleito e com uma função no legislativo, quais ações que você acredita que tem precisa ser prioridade em Rio das Ostras?
Rodrigo: Para mim, as prioridades no nosso municÃpio são a segurança pública e a saúde. Nos últimos anos, enfrentamos momentos difÃceis, com a ausência de guardas nas ruas e um grande descaso com a saúde. Precisamos, urgentemente, corrigir essas falhas e melhorar esses setores essenciais. A segurança pública e a saúde são os dois pilares que demandam atenção imediata. Sem a garantia de uma segurança eficiente e de um sistema de saúde de qualidade, não conseguiremos proporcionar uma boa qualidade de vida aos nossos moradores, atrair investidores para a cidade e nem mesmo atrair turistas, que acabam buscando outros destinos.
Giro: Rio das Ostras enfrenta um problema diário de acidentes de trânsito, como o senhor acredita que pode melhorar essa questão?
Rodrigo: Acredito que o primeiro passo para melhorar a segurança no trânsito é ter mais guardas nas ruas. Quando não há guarda de trânsito visÃvel, a chance de alguém desrespeitar o sinal vermelho aumenta consideravelmente. Porém, quando as pessoas percebem que há fiscalização, com guardas municipais e policiais de plantão nas rodovias, elas tendem a se policiar e evitar cometer infrações. Outro passo importante, na minha visão, é o monitoramento por câmeras na cidade. Além de ajudar a coibir infrações de trânsito, isso também contribui para a redução de crimes e desencoraja criminosos de virem para Rio das Ostras. Também acredito que devemos melhorar a sinalização em nossa cidade. Já fiz algumas indicações ao Executivo para que isso se torne realidade. Precisamos criar uma cultura de respeito à s regras de trânsito, como o sinal vermelho e a faixa de pedestres, e para que isso aconteça, é essencial que as sinalizações estejam corretamente instaladas.
Giro: O senhor citou a saúde como prioridade, como o senhor acredita que deve ser uma saúde de qualidade?
Rodrigo: Eu defendo a ideia de que a saúde deve ser para todos, sem exceções, e que não se pode furar a fila quando se trata desse direito. Não é justo que uma pessoa influente consiga passar à frente de outros em uma fila de atendimento. Quando alguém busca um polÃtico porque não conseguiu uma cirurgia ou tratamento, isso reflete uma falha no sistema, onde muitas pessoas estão enfrentando a mesma dificuldade. A pessoa, desesperada, recorre ao polÃtico para tentar agilizar a situação e garantir o atendimento. No entanto, acredito que a saúde pública deve funcionar de maneira justa para todos, sem que seja necessário pedir favores. Para mim, é fundamental que não se meçam esforços ou recursos quando o objetivo é melhorar a saúde de um municÃpio. Vejo que o trabalho do vice-prefeito e secretário de Saúde, Fábio Simões, tem dado inÃcio a um processo de valorização e dignidade para a população de Rio das Ostras. Quando o novo governo assumiu, no dia 1º de janeiro, a cidade contava com apenas uma ambulância para quase 170 mil habitantes. Hoje, já temos mais ambulâncias e o Executivo está contratando mais médicos para atender à população de forma mais eficaz. Além disso, realizo visitas frequentes aos postos de saúde, hospitais e à UPA para acompanhar de perto o andamento dos serviços. É possÃvel perceber que já houve avanços significativos e que estamos no caminho certo para melhorar a saúde do municÃpio.
Giro: Na questão de infraestrutura, como o senhor vê o futuro de Rio das Ostras? A cidade tem muitas obras para se fazer, principalmente no quesito básico, como pavimentação e saneamento básico. Muitas delas se tornaram lendas, como o caso do valão, o Canal de Medeiros, que tem cerca de 10km de extensão, passando por 8 bairros, milhares de pessoas convivendo com um esgoto in natura a céu aberto, próximo da rodovia. O senhor vê possibilidades de contribuir para essa melhoria da cidade?
Rodrigo: Como vereador, meu compromisso será de cobrar, fiscalizar e buscar recursos junto aos Governos Estadual e Federal. Tenho plena confiança de que o Carlos Augusto, com a experiência adquirida ao longo dos mandatos anteriores, retorna ao cargo, com uma visão clara do que já foi feito e do que ainda precisa ser realizado. Nossa cidade terá projetos de infraestrutura que possam ser levados ao Ministério das Cidades, onde o Governo Federal pode financiar essas ações. Um exemplo disso é a questão do Canal do Medeiros. Precisamos elaborar um projeto bem estruturado, que mostre ao Governo Federal a necessidade de urbanizar esse canal, e garantir a parceria com os governos Federal e Municipal para que os recursos cheguem até aqui. Durante os quatro anos do meu mandato, estarei indo a BrasÃlia, buscando os recursos necessários para melhorar a infraestrutura de nossa cidade, assim como fiz no passado. Acredito que a chave para o progresso de Rio das Ostras está nas parcerias com o Governo Federal e o Governo Estadual, e também estou aqui para isto.