GIRO RJ – A economia do Rio de Janeiro voltou a ganhar fôlego em 2023. Impulsionado pelo bom desempenho da indústria extrativa — sobretudo petróleo e gás — o estado registrou crescimento de 5,7% no seu Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgados nesta sexta-feira (14) pelo IBGE, no âmbito do Sistema de Contas Regionais.
O resultado coloca o Rio como o estado que mais cresceu no Sudeste e o quinto no ranking nacional, superando com folga a média brasileira de 3,2%.
Apesar da expansão, a fatia fluminense no PIB nacional encolheu 0,7 ponto percentual, passando a representar 10,7% de toda a riqueza produzida no País. Em valores correntes, o PIB estadual chegou a R$ 1,172 trilhão, contra R$ 1,153 trilhão em 2022.
O recuo relativo ocorre porque outros estados também tiveram saltos expressivos — casos de Acre (14,7%), Mato Grosso do Sul (12,9%), Mato Grosso (12,9%) e Tocantins (7,9%).
Segundo o IBGE, o que puxou o resultado do Rio foi, de forma decisiva, o comportamento das indústrias extrativas. O segmento respondeu por grande parte do crescimento industrial, em um ano marcado por estabilidade moderada em outras áreas da economia.
“A expansão fluminense está relacionada principalmente ao bom desempenho das indústrias extrativas, com destaque para petróleo e gás”, afirma Alessandra Poça, gerente de Contas Regionais do instituto.
O peso desse setor ajuda a explicar movimentos recentes da economia do estado: quando a exploração de petróleo cresce, o PIB reage rapidamente; quando desacelera, o impacto negativo também costuma ser intenso.
No Sudeste, a economia como um todo cresceu 2,7%, mas com forte disparidade interna.
Enquanto o Rio avançou 5,7%, São Paulo teve alta de 1,4%, e tanto Minas Gerais quanto Espírito Santo registraram 3,4%.
Ainda assim, São Paulo segue na liderança nacional em valor absoluto, com PIB de R$ 3,4 trilhões.
A composição do Valor Adicionado Bruto (VAB) no Rio mostrou o predomínio dos serviços — setor que concentrou 61,1% da economia estadual. Dentro dele, o grupo formado por administração pública, defesa, educação, saúde e seguridade social respondeu por 16%.
A indústria ficou com 38,5%, sendo que as indústrias extrativas representaram 26,2% sozinhas, evidenciando sua importância para o desempenho estadual.
Com PIB per capita de R$ 72.624, o estado figura entre os mais ricos do Sudeste, atrás apenas de São Paulo. Ainda assim, o indicador ficou levemente acima da média regional (R$ 68.357).
O PIB brasileiro somou R$ 10,943 trilhões em 2023; já o Sudeste respondeu por R$ 5,799 trilhões.
Os resultados fazem parte do Sistema de Contas Regionais, que reúne informações de produção, consumo intermediário e valor adicionado dos setores econômicos em cada estado. O sistema é elaborado pelo IBGE em parceria com órgãos estaduais, secretarias de governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).














