GIRO NO ESPORTE – O ano de 2025 vai dobrando a esquina, e o esporte — esse velho contador de histórias — faz o balanço com a autoridade de quem já viu de tudo, mas nunca perde a capacidade de se surpreender.
No continente, a Libertadores voltou a ser rubro-negra. O Flamengo conquistou o título de forma incontestável sobre o Palmeiras, impondo futebol, elenco e personalidade. Foi campeão com a tranquilidade de quem sabe o caminho das finais. No Intercontinental, passou sem sustos por Cruz Azul e Pyramids, e só parou diante do PSG, favorito, também por causa do orçamento maior. Caiu nos pênaltis, é verdade, mas saiu de cabeça erguida: no segundo tempo, o Flamengo jogou bola de campeão do mundo e esteve perto da virada. Às vezes o futebol é cruel, mas quase sempre é justo com quem se impõe.
No Brasileirão, o Palmeiras pagou o preço da queda de rendimento na reta final e ficou com o vice. O Cruzeiro reapareceu com força, fechando em terceiro, enquanto o Mirassol foi a grande história do campeonato: quarto lugar, futebol organizado e a prova de que planejamento ainda vence folha salarial. O Fluminense cresceu quando mais precisava e garantiu vaga direta na Libertadores. Botafogo e Bahia ficaram na pré, sonhando com algo maior. Já São Paulo, Grêmio, Bragantino, Atlético Mineiro, Santos e Vasco vão disputar a Sul-Americana — torneio que já foi prêmio de consolação, mas hoje exige seriedade.
Na parte de baixo, o futebol não perdoou: Ceará, Fortaleza, Juventude e Sport caíram para a Série B. Dói, mas faz parte do ciclo — e quem aprende volta mais forte.
E como não falar do Corinthians? O Timão venceu a Copa do Brasil no Maracanã, com gols de Yuri Alberto e Memphis, e voltou à Libertadores como manda sua história: na raça, no peso da camisa, no grito da arquibancada. O time do povo reencontra o palco continental, enquanto o Vasco amarga mais um ano para esquecer, daqueles que se acumulam na memória do torcedor como páginas que ninguém quer reler.
Ao olhar para o Parque São Jorge, é impossível não puxar o fio da história e lembrar da Democracia Corinthiana. Sócrates, Casagrande, Wladimir e Zenon mostraram que futebol também é voz, consciência e participação. Naquele tempo, vencer era importante, mas decidir junto era revolucionário. Em 2025, o Corinthians não vive mais aquele ideal coletivo, mas cada título ainda carrega, mesmo que em silêncio, o eco de um clube que já ensinou o país a pensar.
Na Europa, o Arsenal dita o ritmo da Champions League, com o Bayern logo atrás. PSG, Manchester City, Atalanta, Inter de Milão e Atlético de Madrid seguem firmes, enquanto o Liverpool vem na cola, em nono, prometendo emoção para janeiro. A Premier League também é liderada pelo Arsenal, com City, Aston Villa e Chelsea no grupo que sonha com a próxima Champions.
Na Espanha, Barcelona e Real Madrid travam mais um duelo eterno, cabeça a cabeça, com Villarreal e Atlético de Madrid completando o G4. Na Itália, a Inter de Milão lidera com autoridade, seguida por Milan, Napoli e Roma.
A bola laranja também contou boas histórias. Na NBA, os Knicks levantaram a NBA Cup, reacendendo a chama em Nova York. Na BCLA, Flamengo, Minas e Franca seguem vivos na briga pela classificação. No NBB, o Pinheiros lidera, com Minas e Flamengo logo atrás, enquanto Botafogo e Vasco vivem tempos duros na parte de baixo da tabela.
No vôlei, Campinas comanda a Superliga Masculina, seguido por Cruzeiro, Praia e Goiás. No feminino, o SESC Flamengo lidera, o Fluminense aparece em sexto e o Tijuca luta para escapar da parte mais incômoda da classificação.
E na Fórmula 1, mesmo com a reação impressionante de Verstappen, o título ficou com Norris — prova de que talento, regularidade e frieza ainda vencem velocidade pura.
Assim foi 2025: um ano de conquistas, quedas, surpresas e memórias. O esporte segue, como sempre, nos lembrando que nada é eterno — exceto a paixão de quem segue acreditando, jogo após jogo, temporada após temporada. Boas Festas e um 2026 de vitórias.














