Olá, amigos! Agradeço a oportunidade de estar aqui, em contato com vocês! Vou começar falando um pouco sobre minha experiência com Macaé e seus patrimônios naturais e Histórico-culturais.
Cheguei à Macaé no ano de 2004. Vim visitar uma amiga que morava no Sana, para passar pouco tempo, mas fiquei tão apaixonada que voltei para São Paulo (meu município de origem), pedi demissão do meu trabalho, cumpri o aviso prévio, me despedi das pessoas e me mudei para cá definitivamente.
Desde que aqui cheguei, me encanto diariamente com a diversidade e exuberância das belezas naturais, com a quantidade de contextos histórico-culturais contidos em cada parte do território, além da riqueza de contextos sociais, geológicos, arqueológicos, geográficos, entre outros.
A partir da minha formação acadêmica em Licenciatura em Turismo, da especialização em História e Cultura no Brasil e do mestrado em Ambiente, Sociedade e Desenvolvimento, me aprofundei em pesquisas e, dia após dia, descubro mais e mais informações incríveis sobre Macaé!
Sou criadora do projeto Macaé, um museu a céu aberto e cocriadora do Desvendando Macaé que são projetos de Educação Patrimonial e foram as formas que encontrei de compartilhar informações. Te convido para embarcar nessa experiência apaixonante que é conhecer mais sobre nosso município, da forma mais acessível possível.
Para iniciar essa viagem, que não será cronológica e nem linear, trarei um trecho do livro “Viagens pelos distritos dos diamantes e litoral do Brasil”, escrito pelo naturalista francês, Auguste Saint-Hilaire, que em 13 de setembro de 1817, esteve em nosso território e fez a seguinte referência em suas anotações sobre a Lagoa de Imboassica: “a cerca de um quarto de légua do lugar em que parei, cheguei a um grande lago, de água salgada, chamado Lagoa de Sica ou de Boassica, apenas separada do oceano por uma estreita faixa de terra arenosa e margeada de grandes florestas. Essa lagoa mede 2.400 braças de comprimento e 60 no lugar mais largo, é pouco funda, recebe diversos riachos, é muito piscosa quando há o cuidado de abrir uma entrada às águas do mar. Depois de ter seguido durante alguns minutos a margem ocidental do lago, passei diante de um engenho de açúcar, cuja importância estava suficientemente demonstrada pelas numerosas casas de negros, e ao qual se dá o nome de Fazenda Boassica, devido ao lago vizinho. Como o vento estava frio e o tempo chuvoso, resolvi não ir mais longe. Era ainda um português o dono da Venda da Sica. Deu-me um pequeno quarto e não fui obrigado a dividi-lo com meus empregados, porquanto eles também tiveram seu quarto; depois do Rio de Janeiro eu ainda não tinha ficado tão bem alojado.”
E aí amigos, vocês já conheciam esse relato histórico sobre Macaé? Gostaram?
Em breve trarei muito mais! Grande abraço e até a próxima!!!
Grazielle Heguedusch