Do fugaz perfume do viver,
Há de se perceber o outro,
Tocar seu espírito no olhar,
Ter a comoção solidária
Do que não se pode ignorar.
É viver no outro a empatia
Com a doce mão da coragem,
Sendo um ator no mesmo palco
E encenar igual personagem.
É na verdade experimentar
Tudo aquilo que nele atua,
Vislumbrar a dor que o assombra
Na lágrima que não é a sua.
É ser luz de felicidade
Em um sorriso lançado ao breu,
Ter a sensação de conforto
Num sapato que não é o seu.
Ter na mesma perspectiva
Da cumplicidade que acalma,
O pulsar de um coração gêmeo
Que traz a paz que abraça a alma.
Mauro Profetta
Colunista do Portal Giro Costa do Sol