O Turismo na Gestão pública perpassa por vários segmentos na Administração de um Município, Estado ou Federação. Para explicar melhor, vou exemplificar:
Um dia, organizando um Natal de uma certa cidade, após muita dificuldade na aquisição das lâmpadas de iluminação, enquanto um funcionário iluminava as árvores, passou uma senhora e disse: “Muito bonito, vocês gastando com lâmpadas de Natal, enquanto a pracinha do meu bairro está sem iluminação pública!”
Nesse momento, meu coração pulsou forte…. fiquei corada e sem palavras!
Meu sentimento era o de que a senhora estava certa, porém, precisava entender como a pasta de Serviços Públicos estava atuando na cidade, e no momento a ética me impedia de qualquer reação.
Fui ao setor e não consegui o serviço para a tal praça, por não haver verba.
A Prefeitura do Município tinha muito pouco recurso, mas até mesmo por isso, o Turismo e a Cultura tentavam “adoçar” “acarinhar” os corações dos moradores na época de Natal com um espírito de caridade, compaixão e amor próprio”.
Esse é o momento que impacta as pastas. E aí? O que fazer? Parar de fazer nosso compromisso em prol dos outros que, por algum motivo, não conseguem entregar suas obrigações?
Ou fazer o seu, e deixar que o outro se organize melhor?
Só que na Gestão Pública, existe um Gestor que responde por todas as pastas, que é o Prefeito(a). E os seus secretários (assessores) devem lutar pela mesma finalidade.
Voltando para o fim da história, o resultado foi, que eu fui à loja, troquei umas lâmpadas de iluminação de Natal por 4 lâmpadas de iluminação pública.
Resolvido, porém foi excepcional, não é assim que se deve trabalhar na gestão pública.
Por isso o MACRO TURISMO, como nome já diz, tem que estar em consonância com todos os segmentos da administração pública. Ele deve transpassar as barreiras das diversidades funcionais e estar alinhado às ações que se complementam, pra evitar enfrentamentos como este, que pode parecer simples, mas é um reflexo de um descontrole de gestão.
O Turismo precisa ser entendido como ferramenta de uma atividade econômica, que gera vários empregos diretos e indiretos, aumentando a receita de uma localidade.
E que para ele aconteça de forma plena, é preciso que a atividade seja encarada com seriedade pelo governo.
Seus projetos e propósitos, precisam acontecer sem se preocupar se “a pasta vizinha” está fazendo seu dever de casa. É inaceitável ter que parar um projeto, por conta da incompetência de outro setor.
Para fundamentar o exemplo da lâmpada, a administração publica é como um jogo de futebol, todos em posições diferentes, mas sempre do mesmo lado, chutando para o mesmo Gol.
O resultado é o TURISMO vencendo a partida e goleando a economia do local.
Confira a parte 1 aqui
Daniele Mazzeo – Turismólogo