Tão lindas mulheres, já nascem com a dor embutida enquanto seus homens criam seus próprios demônios.
Mulheres, horrivelmente magníficas!
Mulher é lugar de alojamento de desconfortos, mulher é seio que dilui vida com processos que unem dor e amor.
A delícia e o desafio de ser, de apenas ser.
Mulheres cíclicas, desabrochando em pequenas pausas e tensionado o restante todo do tempo.
Mulheres vivem sob tensão, interna e externa, sem perder o tesão.
Mulher é bicho do mato, que mira no caçador mas vira caça.
Mulher que caça com coragem, selvagem, em prantos, mas sem espanto!
À mulheres sensíveis, dedico o esconderijo, o lugar inacessível e feito de fortaleza.
Choro ou pranto? Só o escuro saberá, o lugar onde ninguém a vê.
Mulheres, tão lindas mulheres, carregando em si máscaras sociais, onde escondem toda cor e pintam o quadro de cinza para a exposição apenas, afim de não serem compradas ou avaliadas abaixo de seu valor original.
Mulher que ocupa o lugar de observação e não de vigilância.
Mulheres que carregam mulheres, mulheres que carregam os homens, mulheres que carregam a si mesmas e caem, embolam mas levantam, SEMPRE levantam!
Às mulheres da minha vida, à minha mulher interior, digo coragem querendo dizer vida!
Graça te dou mediante à fábrica da vida.
Vida no olhar, vida no falar, vida!
Mulher, hoje eu te agradeço.
Sou mãe por Victória Pinheiro
Meu desejo pela maternidade nasceu ainda na infância, quando cuidava das minhas bonecas como se fossem reais — não podia...