Estamos no sexto mês dos novos governos e acredito que já seja um tempo considerável para vermos possíveis mudanças. As mudanças mais faladas durante as campanhas atendem pelo nome de “Reforma Administrativa”. Mas qual prefeito realmente iniciou o processo dessa reforma?
Pra quem não sabe, uma reforma administrativa é a primeira etapa de um conjunto amplo de medidas que visam modernizar o modelo de administração e é feita para extinguir, transformar ou promover a fusão de entidades da administração pública autárquica e fundacional. Ou seja, no caso das prefeituras, criar, fundir ou extinguir secretarias governo.
É claro que para fazer uma mudança dessas é necessário a aprovação da Câmara Municipal. Aí entramos em outro questionamento: o prefeito conta com maioria na Câmara? Se tiver beleza. Se não tiver, encaminhar a reforma pode ser uma perda de tempo. A não ser que tenha disposição para negociar com o Legislativo.
Em Rio das Ostras, por exemplo, durante a campanha foram anunciadas pelos menos quatro novas secretarias de governo. No início do mandato, os próprios secretários já anunciavam os “novos colegas”, dando a reforma como certa. Futuro secretário disso, futura secretária daquilo e a reforma que é bom… nada até agora.
O engraçado é que muitos cargos não são ocupados por conta da “bendita reforma”, deixando aliados de campanha na fila de espera. Tudo isso faz parte do jogo político, e respeito quem pensa diferente.
Na minha modesta opinião, é muito difícil que uma reforma administrativa de grande porte, com criação e junção de secretarias, seja feita no primeiro ano de governo. Como a administração trabalha com a previsão orçamentária do ano anterior, fica difícil (mas não impossível!).
E assim, vamos seguindo em frente, com ou sem reforma porque as contas não param de chegar. Até a próxima.
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