O poeta mora nas estrelas
E tem casa de férias na lua.
Perambula pelo espaço em celas
E vaga pelos dentes da rua.
Vive o seu dia tão disfarçado,
Um camaleão de habilidades,
Num jeito comum, mas inspirado
De captar singularidades.
Move-se nas sombras como na luz,
Faz de sua lágrima um sorriso,
Na alegria, carrega sua cruz
E faz do seu sonho o seu juízo.
Anda descalço na boemia
Como rato da noite nos bares,
A bebida é droga que inicia
Os versos que habitam seus pensares.
Solitário, ele brada silente
O que sua alma pede aos gritos,
Sustentando um amor tão ardente,
Que só se revela em seus escritos.