GIRO MACAÉ – Com o objetivo de fortalecer o diálogo entre especialistas e aprimorar as práticas de arborização urbana no estado, o 8º Encontro Fluminense de Arborização Urbana (Efau) encerrou sua programação na manhã de sexta-feira (5), no Mercure Hotel Macaé. O último dia reuniu profissionais que compartilharam experiências, discutiram desafios comuns e analisaram caminhos possíveis para qualificar o manejo das áreas verdes nos municípios.
Promovido pela Apeferj e pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU), com apoio da Prefeitura de Macaé, o evento ocorreu desde quarta-feira (3) e também anunciou que o município sediará, em 2026, o 3º Encontro Regional Sudeste de Arborização Urbana — reconhecimento ao trabalho técnico que vem se destacando no estado.
A mesa-redonda “Financiamento, Erros, Acertos e Alternativas para Arborização Urbana” trouxe contribuições de representantes de Miguel Pereira, Campos dos Goytacazes e Macaé, com mediação de Flávio Teles, diretor regional Sudeste da SBAU. Entre relatos práticos e análises técnicas, o debate percorreu situações rotineiras das equipes municipais, ressaltando a importância de capacitação, planejamento e escolhas adequadas de espécies.
O secretário de Ambiente, Sustentabilidade e Clima de Macaé, Phelipe Salgado, reforçou o protagonismo técnico do município, destacando que a troca entre especialistas de 14 cidades e representantes do Estado gera soluções realistas e aplicáveis. Ele também ressaltou o lançamento do Manual de Arborização Urbana de Macaé, apresentado oficialmente durante o evento.
Segundo o prefeito, que acompanhou o lançamento, o manual reúne diretrizes essenciais para orientar o planejamento, o plantio e a manutenção das árvores no município. “Lançamos agora, aqui neste encontro, o nosso Manual de Arborização. O documento traz as diretrizes para a arborização urbana do município e orienta como executar os plantios e a manutenção das árvores urbanas. Nossa gestão investe no verde e temos mais metas para 2026, que incluem novos plantios de diversas mudas”, afirmou.
O prefeito destacou ainda que 218 mil mudas de arbustos já foram plantadas, e outras 80 mil serão incluídas no planejamento de 2026, fortalecendo a ampliação das áreas verdes e consolidando políticas ambientais consistentes.

A engenheira florestal Alessandra Veloso apresentou detalhes da Lei Municipal de Gestão da Arborização Urbana (Lei 3.010/2007), que estruturou processos técnicos, critérios de plantio e corte, diretrizes para compensações ambientais e normas aplicadas a loteamentos e projetos de urbanização. O modelo macaense foi citado como referência por profissionais presentes.
Representando Campos dos Goytacazes, Luiz Mose compartilhou experiências da cidade, como o projeto “Vias Verdes”, e destacou alternativas como a criação de bosques urbanos. A abordagem dialoga com necessidades comuns dos municípios, como acertos na escolha de espécies e fortalecimento da comunicação com a população.
O encontro foi encerrado com o minicurso “Avaliação de Árvores Nível 3 com Uso de RPAS (Drones)”, ministrado pela engenheira agrônoma Rosângela Costa, de Cachoeiras de Macacu, que demonstrou como o uso de tecnologia tem ampliado a capacidade de diagnóstico e manejo da arborização.
Entre os avanços apresentados pela gestão ambiental de Macaé estão a criação da APA Rio Novo, o Corredor Ecológico, a recomposição da restinga, revisões do saneamento, ampliação da rede de esgoto, coleta seletiva, paisagismo urbano e o Plano Municipal da Mata Atlântica — iniciativas que reforçam a evolução do município como referência regional no tema.














