GIRO NA HISTÓRIA – Mesmo caindo no domingo, o dia 7 de Setembro é feriado nacional, e celebrado em todo o país como a data em que o Brasil conquistou sua independência de Portugal. O momento marca o rompimento oficial com a Coroa portuguesa em 1822 e simboliza o nascimento político de uma nação soberana.
Mas o que de fato aconteceu naquele dia? E por que ele é considerado tão importante?
A cena mais famosa é a do então príncipe regente dom Pedro às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, proclamando o famoso grito: “Independência ou morte!”. Embora a imagem tenha se fixado no imaginário popular, a história por trás da data é mais complexa e vem sendo discutida por historiadores até hoje.
A ruptura com Portugal foi resultado de um processo gradual, motivado por interesses políticos, econômicos e sociais. O Brasil já vinha demonstrando desejo de autonomia, especialmente após a vinda da corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808. Com o retorno de dom João VI a Lisboa, em 1821, dom Pedro ficou no Brasil como regente, mas as pressões das Cortes portuguesas para reverter o poder político ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves causaram desconforto nas elites locais.
Diante da ameaça de recolonização e da pressão popular e política, dom Pedro tomou a decisão de romper com Portugal. A proclamação da Independência, em 7 de setembro de 1822, marcou esse ponto de virada, ainda que o reconhecimento internacional e a consolidação do novo país tenham levado mais tempo.
Mais do que apenas uma data no calendário, o 7 de Setembro representa o início da construção do Estado brasileiro — e continua sendo tema de debates sobre o que significa, de fato, ser uma nação independente.