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    Home Colunista

    Tarifaço do Trump: Mais política, menos economia

    21/07/2025
    in Colunista
    Reading Time: 4 mins read
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    Tarifaço do Trump: Mais política, menos economia

    Foto: Divulgação internet

    GIRO NA ECONOMIA – Essa nova tarifa de 50% imposta pelo governo Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sobre produtos brasileiros, vem dando o que falar, e não chama atenção não apenas pelo valor — o mais alto entre as medidas comerciais adotadas recentemente —, mas pelo motivo por trás dela. Ao contrário de tarifas anteriores, que foram justificadas com base em déficits comerciais ou desequilíbrios na balança com outros países, a taxação ao Brasil parece ter um viés essencialmente político. É mais um episódio em que interesses eleitorais se sobrepõem à lógica econômica, onde um governo usa o comércio exterior como palanque político.

    O discurso de proteção à economia americana, que sustenta o protecionismo trumpista desde o primeiro mandato, agora assume contornos eleitorais mais explícitos. A imposição dessa tarifa não responde a pressões comerciais urgentes, tampouco a déficits significativos com o Brasil. Na prática, o maior prejudicado, no curto prazo, será o próprio consumidor americano. Produtos brasileiros continuarão chegando ao mercado dos EUA — mas mais caros. E esse aumento de preço, como já vimos em outras ocasiões, tem efeito cascata.

    Com os produtos taxados, o americano pagará mais caro por itens que antes eram acessíveis. Isso reduz o poder de compra, pressiona a inflação e inibe o consumo de outros bens. Uma blusa que antes custava 60 dólares pode passar a custar 90. E o que o consumidor deixa de gastar com outros itens — como uma meia, uma sobremesa ou um vinho — afeta diretamente toda a cadeia de produção. O ciclo é claro: menos consumo leva à redução da produção, que leva ao desemprego, à queda na renda e, por fim, ao esfriamento da economia.

    Essa lógica é conhecida, mas parece ignorada por quem a promove. O argumento de que tarifas protegem a indústria americana é frágil diante da globalização produtiva. Muitos dos produtos brasileiros que chegam aos EUA são insubstituíveis no curto prazo — caso da carne, de certas frutas e até da tecnologia empregada em produtos industriais. Taxar esses itens, portanto, não impulsiona a indústria local. A medida encarece o custo de vida nos Estados Unidos e, por outro lado, pode até reduzir os preços no Brasil — com menos exportação, há maior oferta no mercado interno, o que, pela lógica da oferta e demanda, tende a baratear os produtos.

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    No caso do Brasil, os impactos variam por setor. Empresas como a Embraer podem sentir mais diretamente a medida, já que quase um quarto de suas vendas vai para os EUA. Mas mesmo nesse caso, o dano tende a ser limitado. A Embraer é líder mundial em sua categoria, considerada a melhor do mundo, e contratos recentes — como o assinado com a Dinamarca — mostram que há espaço para diversificação de mercados. Outras empresas, como a WEG, já operam com estrutura internacional e têm maior resiliência.

    O setor de commodities, que muitas vezes serve como termômetro do impacto externo, deve se ajustar com relativa rapidez. O que não for exportado pode ser absorvido pelo mercado interno, ajudando inclusive a aliviar preços inflacionados. Se a carne deixada nos portos americanos for redistribuída no mercado brasileiro e fizer cair o preço da picanha de R$ 100 para R$ 80, o consumidor ganha — e a economia se aquece por tabela. Um mercado interno mais dinâmico pode, inclusive, compensar parte das perdas externas.

    Já o campo político requer mais cautela. Diante da provocação americana, é tentador adotar uma política de reciprocidade. Mas retaliar com novas tarifas seria um erro estratégico. A escalada do conflito comercial, neste caso, interessa mais a Trump do que ao Brasil. Mais sábio seria manter a racionalidade e buscar alternativas inteligentes — como explorar novos mercados ou, eventualmente, adotar medidas que tenham peso simbólico e prático, como a quebra de patentes em áreas sensíveis. Não como vingança, mas como política industrial legítima.

    Vale lembrar que a China continua sendo o maior parceiro comercial do Brasil, com exceção apenas do estado de São Paulo. Os efeitos indiretos da guerra comercial entre EUA e China também impactam o Brasil, já que a China tem diversificado seus fornecedores, como no caso dos países árabes, reduzindo momentaneamente as compras do Brasil. Isso sim, pode ter reflexos mais profundos na balança comercial brasileira do que a tarifa americana em si.

    No fundo, o protecionismo de Trump, agora em sua forma mais agressiva, é um alerta. Mostra que o comércio internacional está cada vez mais subordinado a jogos internos de poder. Para o Brasil, o desafio é resistir à tentação de agir com impulso e, ao invés disso, aproveitar o momento para ampliar sua presença em mercados alternativos. Com planejamento e diplomacia comercial, é possível transformar o ataque em oportunidade.

    A pior estratégia para o Brasil seria adotar a reciprocidade imediata, isto é, responder com tarifas similares aos produtos americanos. Isso poderia acirrar ainda mais o conflito comercial e trazer novas retaliações. A alternativa, nesse momento, é manter uma postura diplomática, abrir novos mercados, buscar acordos com outros países e utilizar a criatividade estratégica. O Brasil já mostrou, em outras vezes, que consegue se adaptar. A provocação americana é um problema, mas não uma sentença. E os americanos, afinal, pagarão o preço mais alto. Ainda assim, é importante lembrar que o governo Trump não tem histórico de seguir acordos por muito tempo. Diante disso, a melhor estratégia agora não é responder com mais barreiras, mas sim agir com inteligência

     

     

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